Portugal caiu seis posições no ranking World Competitiveness Center desenvolvido pela IMD em termos mundiais. Na avaliação de 63 economias globais, o nosso país situou-se na 42ª posição, caindo seis postos face ao ano de 2021.
Com a Dinamarca a liderar, Suíça, Singapura, Suécia e Hong Kong completam o top 5, num ano fortemente influenciado por pressões inflacionistas e conflitos geopolíticos, num ranking onde Portugal caiu nos quatro indicadores-chave.
Assim, em termos de desempenho económico, a economia nacional desce da 43.ª para a 46.ª posição, com uma queda que se ‘repete’ em termos de eficiência governativa (38.ª para 43.ª), eficiência empresarial (38.ª para 42.ª) e infraestruturas (27.ª para 30.ª).
“Entre os subfactores de cada uma destas áreas, o país obteve as suas piores pontuações em matérias de política fiscal (56.ª posição), práticas de gestão empresarial (56.ª), economia doméstica (52.ª) e finanças públicas (50.ª). Os melhores resultados foram registados a nível do quadro social (20.º), da saúde e do ambiente (23.º), da educação (26.º) e das infraestruturas científicas (28.º)”, explica-se em comunicado.
Segundo José Caballero, Economista Sénior do WCC, “o declínio global de Portugal no ranking deriva de tendências negativas nas medidas relacionadas com a economia nacional e o investimento internacional. Na eficiência do governo e das empresas, o país experimenta um declínio em algumas das medidas relevantes, tais como a sua classificação de crédito, a eficácia da sua burocracia e os indicadores de atração e retenção de talentos, onde apresenta declínios relativamente acentuados. Do mesmo modo, na infraestrutura tecnológica, o país sofre uma queda abrupta. Há, no entanto, alguns ganhos no comércio internacional, educação e infraestruturas científicas.”
De acordo com o IMD, os principais desafios para Portugal em 2022 passam por garantir um crescimento sustentável do PIB e por promover estratégias nacionais que visem reforçar a transição digital e energética, a literacia financeira, o empreendedorismo e as competências, de forma a melhorar a qualidade da gestão e a competitividade das empresas.