Os índices de confiança dos consumidores portugueses têm vindo a registar melhorias consecutivas desde 2015. De acordo com o mais recente estudo da GfK, “este fator, em conjunto com alguma recuperação do poder de compra e sobretudo com a maior dinamização do setor imobiliário, contribuiu para um verdadeiro upgrade dos equipamentos para o lar que se venderam em 2016.”
De acordo com os dados agora revelados pela GfK, “as vendas de televisores aumentaram 11%, muito potenciadas pelo Campeonato Europeu de Futebol (Euro 2016). Ao mesmo tempo, as vendas de grandes eletrodomésticos aumentaram 8,1% e adicionalmente a venda de pequenos eletrodomésticos aumentou mais 6,4%. Ou seja, 2016 foi um ano de clara melhoria dos lares portugueses, em termos de equipamentos e eletrodomésticos para o lar.”
O estudo agora apresentado revela também que o crescimento das vendas dos grandes eletrodomésticos foi impulsionado pelo crescimento das vendas dos secadores de roupa (28,3%), exaustores (9,3%), fornos (9,2%) e máquinas de lavar a roupa e micro-ondas (8,1%). Na análise aos pequenos eletrodomésticos verifica-se ainda um crescimento nas vendas das máquinas de café em cerca de 7,3% e em toda a área de conforto do lar, em mais de 7,1%.
“Há sinais positivos neste início de 2017, em que os consumidores portugueses reforçam o otimismo nas expetativas económicas. Registando 29,2 pontos no final do primeiro trimestre deste ano, um valor que estava próximo do registado em janeiro de 1992 (38,6 %) e que é superior ao atingido no mesmo período do ano anterior (16,5 %). Na verdade, Portugal tem mostrado uma tendência de melhoria constante nos últimos dois anos. Constata-se ainda que Portugal tem vindo a demarcar-se claramente da Grécia desde o ano de 2014, no que respeita aos índices de confiança dos consumidores e das respetivas expetativas face às economias dos dois países, registando uma melhoria progressivamente positiva, concomitante com outros indicadores macroeconómicos”, refere a GfK.
Apesar dos indicadores mostrarem que os portugueses estão mais otimistas, os números mostram também que ainda estão cautelosos no diz respeito à propensão para comprar. Porém, a GfK prevê que, em 2017,o setor dos bens tecnológicos de consumo tenha um crescimento positivo, quer na Europa quer em Portugal.