“Queremos segurar um crescimento de 10% ao nível de faturação”

O ano de 2017 será de novidades para a Verifone. O grupo tem agora uma nova estratégia e a aposta em Portugal é uma certeza, sobretudo com soluções de valor acrescentado indica João Girardi, Drector Geral da Verifone Portugal. 

Como analisa o setor dos pagamentos eletrónicos em Portugal comparativamente ao que se faz no mundo no setor?

Há ainda muito por fazer, o que é desafiante. Somos um país que sempre apostou no pioneirismo tecnológico e, em particular, no setor dos pagamentos eletrónicos seguros. A Verifone tem sido um agente da inovação e crescimento do setor e tem trabalhado com os principais players de forma a garantir que as mesmas soluções, já existentes lá fora, possam também elas ser uma realidade em Portugal.

O grupo quer continuar a apostar em Portugal, e cada vez mais com soluções de valor acrescentado, como os pagamentos móveis, mPOS, soluções de media, self-service e específicas para o comércio/retalho.

Gostaria de destacar alguma inovação que tenha marcado o ano de 2016 ou que esteja prevista para o próximo?

Iremos introduzir a nova família Engage, uma nova geração de terminais de pagamento Verifone assente numa nova plataforma de Commerce Enablement. É o resultado de uma nova estratégia da Verifone para trazer valor único para o POS e a experiência do consumidor com soluções intuitivas, conectadas e habilitadas para o comércio, ou seja, o POS não será apenas um meio para uma transação de pagamento eletrónico, mas sim uma interação muito mais dinâmica e com um vasto número de aplicativos que potenciam serviços adicionais (e.g. soluções de fidelização, inquérito de satisfação, publicidade, Tax refund, entre outros).

Iremos também introduzir o Carbon, um dispositivo que combina um design elegante com uma solução de ponto de venda integrada (EPOS + TPA) e estabelece um novo standard para melhorar a interação das experiências do consumidor. O Carbon também terá de raiz um conjunto de aplicações embutidas, resultado da utilização da mesma plataforma Commerce Enablement.

 Qual o peso da presença em Portugal para o grupo a nível internacional?

Portugal tem naturalmente uma expressão ajustada à dimensão do nosso país. No entanto, a estratégia da Verifone tem sido, na última década, a de apostar cada vez mais em presenças locais. Em Portugal, temos mais de 75 mil terminais, aos quais prestamos serviços de manutenção, resultado de um crescimento de quase 100% em quatro anos. Este é um ativo com uma dimensão muito interessante mesmo quando comparando com outros países da Europa e é fundamental na estratégia da Verifone em querer alavancar esta base instalada, e oferecer, em conjunto com os seus clientes e parceiros, serviços de maior valor acrescentado ao consumidor final.

Como decorreu o ano de 2016 e quais as metas para 2017?

A Verifone não tem por hábito divulgar números de faturação. No entanto, podemos afirmar que a empresa teve um ano muito positivo em Portugal.

Fomos capazes de garantir o crescimento esperado e planeado no início do ano com o lançamento de novos produtos e soluções, abrangendo segmentos de mercado já existentes mas com soluções já antigas. Um bom exemplo são as soluções self-service UX já implementadas e visíveis em postos de abastecimento, parques de estacionamento e máquinas de vending.

Em 2017, queremos segurar um crescimento de 10% ao nível de faturação com principal enfoque no lançamento de uma nova geração de soluções disponíveis aos segmentos atuais, reforçando em simultâneo a nossa presença no retalho.

Entrevista publicada na edição de novembro de 2016 da revista DISTRIBUIÇÃO HOJE