A Intrum anunciou no decorrer dos últimos dias as conclusões do seu estudo European Consumer Payment Report, sendo que, de acordo com os resultados obtidos, 81% das famílias portuguesas demonstraram uma grande preocupação face à inflação, nomeadamente, no que diz respeito à subida do preço dos combustíveis, produtos alimentares e outros itens do quotidiano.
Em termos comparativos, face a outros países estudados, Portugal está acima da média europeia, situando-se esta nos 69%. Nesta senda, “a Intrum revelou que 53% dos pais portugueses têm como objetivo criar uma poupança adicional em caso de recessão – percentagem esta superior à média europeia que se situa nos 40%. Um indicador do estudo ECPR demonstrou também que 30% dos portugueses inquiridos consideram que garantir um melhor futuro para os seus filhos/netos é uma das suas principais razões para poupar todos os meses.”
De acordo com Luís Salvaterra, Diretor-Geral da Intrum Portugal, “os pais portugueses estão cada vez mais preocupados com o futuro dos seus filhos. Em Portugal, 68% afirmaram pôr mais dinheiro de lado como rede de segurança para os seus filhos, sendo este valor significativamente superior ao que se regista na Europa, que se fica pelos 56%”.
Com a subida dos preços dos combustíveis, dos produtos alimentares e dos gastos gerais do dia a dia, as famílias têm um desafio acrescido para conseguir encontrar um equilíbrio financeiro. Ao mesmo tempo, têm revelado uma maior preocupação em passar aos seus filhos a importância de uma boa gestão financeira. De acordo com o ECPR, estudo desenvolvido pela Intrum, 67% dos pais portugueses alertam os seus filhos para que não contraírem dívidas. Na Europa, a média é de 60%.
“Os dados demonstram ainda que os pais têm passado mais tempo com os filhos (61%), para os ajudar a compreender os principais termos e princípios de gestão financeira, para que estes tenham boas bases para a gestão das suas próprias finanças no futuro, valor acima da média europeia (57%). Curiosamente, são as famílias de baixo rendimento (70%) que têm uma maior preocupação face a esta questão, já que as famílias de médio rendimento (59%) e alto rendimento (65%) apresentam níveis de preocupação inferiores”, sintetiza o estudo.