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Sustentabilidade

Estudo: Embalagens de takeaway dominam plástico nos oceanos

As embalagens de plástico provenientes da comida de takeaway e de bebidas dominam o lixo marítimo revela um estudo espanhol.

O lixo marítimo é dominado pelas embalagens de plástico provenientes da comida de takeaway e de bebidas revela um estudo espanhol, avança o The Guardian. Os sacos de plásticos de utilização única, as garrafas de plástico, os recipientes e invólucros de alimentos são os quatro itens que mais poluem os mares, compondo quase metade do lixo feito pelo homem, segundo os investigadores.

Apenas 10 produtos de plástico, incluindo tampas de plástico e equipamento de pesca, foram responsáveis por três quartos do lixo, devido ao seu uso generalizado e à degradação extremamente lenta.

 

A maior concentração de lixo foi encontrada nas linhas costeiras e no fundo do mar perto da costa. Os cientistas disseram que o vento e as ondas varrem repetidamente lixo para as costas, onde se acumula no fundo do mar próximo. Os equipamentos de pesca, como cordas e redes, eram significativos apenas no mar aberto, onde representavam cerca de metade do lixo total.

“Não ficámos surpreendidos que o plástico componha 80% do lixo, mas a elevada proporção de itens de takeaway surpreendeu-nos, sendo que não é apenas o lixo do McDonald’s, mas garrafas de água, garrafas de bebidas como a Coca-Cola e latas”, disse, ao jornal britânico, a investigadora da Universidade de Cádiz (em Espanha) que liderou o estudo, Carmen Morales-Caselles.

 

Em declarações ao The Guardian, Richard Thompson, professor da Universidade de Plymouth, no Reino Unido, que não fazia parte da equipa de investigação, disse: “Ter [estes dados] registados de forma científica adequada é incrivelmente útil. Pode haver uma relutância em tomar medidas sobre algo que parece muito óbvio porque não há um estudo publicado sobre isso.”

A investigação, publicada na revista Nature Sustainability, foi financiada pela Fundação BBVA e pelo Ministério da Ciência espanhol e teve como base 12 milhões de pontos de dados provenientes de 36 bases de dados em todo o planeta. A análise incluiu itens maiores de 3cm e identificáveis, excluindo fragmentos e microplásticos.

 

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