O sucesso do empreendedorismo feminino baseia-se na maioria das vezes na determinação das mulheres, mas as condições e os apoios de contexto, como razões culturais, o acesso a serviços financeiros e a facilidade em fazer negócios são os fatores que realmente abrem o caminho para o sucesso das empresas detidas por mulheres. A conclusão é do mais recente estudo da MasterCard – Index of Women Entrepreneurs -, que indica que as condições de contexto são “cruciais para superar os dois principais obstáculos que mais desencorajam as mulheres de serem empreendedoras: os preconceitos culturais e menos oportunidades para o seu progresso.”
O documento mostra que os mercados mais desenvolvidos estão no topo do índice, que contempla 54 países, com a Nova Zelândia (74,4% de mulheres empreendedoras), o Canadá (com 72,4%), os Estados Unidos da América (com 69,9%), a Suécia (com 69,6%) e a Singapura (com 69,5%) a liderar a tabela como os países que apresentam as melhores condições para as mulheres empreendedoras e proprietárias de empresas desenvolverem projetos.
Portugal surge no 12º lugar do Mastercard Index of Women Entrepreneurs com mais mulheres empreendedoras e no 10º lugar em termos europeus (entre 17 países). O país com maior percentagem de mulheres empreendedoras na Europa é a Bélgica, com 69%.
De resto, ficamos a saber que economias de menor rendimento como o Uganda, Bangladesh (31,6%) e Vietname (31,4%) têm percentagens bastante elevadas de mulheres empreendedoras, uma tendência que poderá ser impulsionada pela necessidade de obtenção de rendimento adicional para a sua subsistência.
“A prevalência de mulheres ambiciosas e inventivas deve ser considerada como uma oportunidade de negócio primordial. Numa altura em que a sociedade enfrenta o preconceito cultural, faremos a nossa parte para ajudar a criar as condições que irão fortalecer e alimentar a base para o crescimento pessoal e económico das mulheres”, refere Paulo Raposo, Country Manager da Mastercard em Portugal.
“O nosso estudo mostra que as mulheres são mais capazes de reconhecer o seu pleno potencial, alcançar os seus objetivos e, finalmente, acelerar um crescimento mais inclusivo. Temos uma oportunidade fantástica de abordar questões culturais e organizacionais e fortalecer ainda mais as mulheres líderes”, acrescenta Ann Cairns, Presidente dos International Markets da Mastercard.