87% da comunidade global acredita no papel da ciência para a resolução dos problemas do mundo. A conclusão é de um estudo realizado pela 3M e que revela que 62% da população mundial acredita que os melhores dias da ciência ainda estão para vir.
De acordo com a empesa, apesar destes resultados, o ceticismo em relação à ciência tem vindo a crescer globalmente (3% face a 2018), com quase metade (45%) dos inquiridos a afirmar que só acredita na ciência que se alinha com as suas crenças pessoais.
Os resultados sugerem ainda que existem desafios e oportunidades para aumentar a valorização pela ciência, com cerca de três quartos (70%) das pessoas a revelar que raramente pensaram sobre o impacto da ciência na sua vida quotidiana e mais de metade a referir que acredita que a ciência causa tantos problemas quanto aqueles que resolve (53%).
Uma grande maioria relata que a ciência os faz sentir curiosos (72%), contra os 18% que se sentem indiferentes e os 10% que se sentem intimidados. Enquanto 85% dos inquiridos admite saber pouco ou nada sobre ciência, a mesma percentagem desejava saber mais.
Ciência alimenta-se do interesse humano
Os resultados do estudo sugerem ainda que “conectar os pontos entre a ciência e o seu impacto positivo na humanidade é um fator importante para levar ao interesse e apoio à ciência.”
Mike Roman, Chief Executive Officer da 3M, sublinha que “a maioria das pessoas vê a mesma oportunidade na ciência, como nós vemos todos os dias na 3M. O mundo precisa da ciência mais do que nunca para ajudar a resolver os desafios mais difíceis que o planeta enfrenta. Ao mesmo tempo, a ciência precisa de defensores que se possam unir para mostrar como esta área faz a diferença na vida das pessoas. Na 3M estamos a fortalecer o nosso compromisso de criar um mundo melhor, através das nossas capacidades tecnológicas, enquanto inspiramos os outros a perceberem o poder da ciência, incluindo o nosso investimento significativo na educação STEM. Há quase 50 anos, que a 3M cria e financia programas para apoiar a educação STEM, promovendo a equidade STEM e a desenvolver a força de trabalho de amanhã.”
Com o estudo, ficamos ainda a saber que aqueles que indicam estar interessados na ciência, estão mais propensos a ter interesse porque acreditam que os avanços científicos vão beneficiar as gerações futuras (59%); que a ciência vai resolver a maioria dos problemas mundiais (42%); e que a ciência vai ajudá-los a ter uma vida mais longa e saudável (40%).
Melhor comunicação pode ajudar a despertar interesse da população
Os inquiridos dizem ainda que a comunidade científica deve procurar tornar a ciência mais acessível na vida das pessoas (84%) e que os cientistas devem adotar uma comunicação que permita falar sobre ciência de forma a que seja mais fácil de entender (88%).
“80% dos inquiridos estão mais propensos a acreditar em informação vinda de alguém que trabalhe no campo científico do que serem céticos em relação a esta mesma fonte, mas mais de metade (58%) acredita que os cientistas são elitistas, o que representa uma desconexão entre a forma como os cientistas estão a comunicar hoje em dia e a forma como eles são entendidos”, indica ainda o estudo.