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Aos 20 anos, Brandp reinventa-se

Aos 20 anos, Brandp reinventa-se

Rui Goulart, managing partner da Brandp, revela-nos quais as razões para o rebranding e o porquê do reforço na aposta nas áreas de produção de eventos e de ativação de marca.

 

A Brandp avança para um rebranding e uma aposta reforçada nas áreas de produção de eventos e de ativação de marca. Porquê agora?
Estamos a comemorar os 20 anos da Brandp e achámos que seria a altura ideal para efetuarmos um rebranding, porque, na verdade, o que éramos e o que fazíamos há 20 anos é muito diferente do que fazemos atualmente.
Atualmente, temos uma oferta bastante mais rica e abrangente, onde as áreas de Ativação de Marca e Eventos já representam praticamente 50% do volume de negócio. Ainda assim, o mercado, e muitos dos nossos clientes, continuam a associar-nos exclusivamente a serviços na área do Field Marketing, como, por exemplo, à gestão de equipas de GPV e Promotores de Vendas nos PdV.
Estes continuam a ser serviços que disponibilizamos a inúmeros clientes, mas a nossa oferta é muito mais diversificada, moderna e inovadora.
Foi isso que também quisemos transmitir nesta mudança. O novo logótipo e, principalmente, a nova assinatura seguem esta linha e representam agora de uma forma mais fiel o que somos e o que fazemos.
Somos isto, Pessoas de Ação que estão ao serviço de Grandes Marcas.
A adoção do boomerang como símbolo também vai muito ao encontro da forma como estamos no mercado – uma relação que tem por base o dar e o receber na mesma proporção. Mesmo que, por vezes, o percurso não seja o mais fácil, damos tudo o que temos para que as “nossas” Marcas tenham o retorno esperado.

Há lacunas no mercado nacional nestas áreas?
O mercado tem profissionais com bastante conhecimento e experiência, bem como empresas com mais do que provas dadas nestas áreas, que sabem planear e executar de forma exemplar. O próprio País é reconhecido internacionalmente por essa capacidade e know-how, com muitas empresas a serem contratadas para efetuarem serviços noutros países com staff português.
Não existem lacunas nesse sentido, mas há coisas que podem ser melhoradas noutras áreas. Existe ainda alguma informalidade nos processos, principalmente laborais; o não cumprimento das regras e legislação (que é totalmente desadequada a esta área), um mercado muito fragmentado com empresas de muito pequena dimensão, pouca capacidade financeira e, por último, mas não menos importante, pouca valorização deste setor, começando pelos próprios intervenientes.

Como é que se destaca uma marca no meio da multidão, numa altura em que já é quase impossível “inventar a roda”?
Não temos medo de arriscar, e não fazemos porque os outros também o fazem. Nem todas as rodas servem para os mesmos veículos, temos de ser autênticos e coerentes, porque, de contrário, o cliente ou o consumidor vai perceber que algo não bate certo.
Neste mercado, não existem fórmulas de sucesso. Voltar a fazer algo que já foi feito de forma exemplar e com bons resultados não é sinónimo de insucesso ou falta de criatividade, da mesma forma que fazer algo inovador e revolucionário não dá garantias de vitória. Se uma campanha não for feita à imagem da marca, não vai resultar.
Tem de ser uma experiência que signifique algo para quem queremos impactar e envolver, criar uma ligação e, principalmente, uma memória.

O que diferencia a Brandp neste mercado competitivo?
As diferentes áreas de atuação e o conhecimento adquirido ao longo destes anos, experiência, fiabilidade e o compromisso e a atenção que damos a todos os projetos, independentemente da sua dimensão.
Mas, principalmente, as pessoas que constituem a nossa equipa e todo o processo de seleção e recrutamento do staff para as diferentes ações e eventos.
A sustentabilidade a médio/longo prazo é muito importante para nós, e só é possível se continuarmos a ser um parceiro fiável para os nossos clientes, estável e de confiança.

Quais os maiores desafios atuais deste setor do marketing e dos eventos?
Existem desafios que são os de sempre, como, por exemplo, a carga fiscal exagerada e a ausência de uma legislação que tenha em consideração as necessidades destas áreas específicas onde atuamos e a forma como os vínculos de trabalho se processam. À semelhança do que se tem discutido sobre os profissionais da cultura, os problemas são os mesmos.
A deslocalização dos centros de decisão dos nossos clientes para Espanha, por exemplo, reduzindo equipas e investimentos no nosso país e preferindo trabalhar com parceiros a nível ibérico.
Mas o nosso principal desafio é mesmo a escassez de recursos humanos disponíveis para as nossas áreas de atuação.

A tecnologia, a Inteligência Artificial e todas as mais recentes inovações estão a dominar as atenções no marketing promocional. Estamos perante uma nova revolução na área do marketing e da publicidade?
Não sei se será uma revolução, mas é certamente uma evolução que necessita de adaptação.
Não somos, de todo, um setor estanque e avesso à modernização. Pelo contrário, fomos adequando e evoluindo as nossas metodologias, projetos e serviços às tarefas, aos avanços tecnológicos.
Na Brandp temos uma história que o prova. O primeiro smartphone com Android foi lançado em 2008, 5 anos depois da criação da Brandp. Os benefícios que oferecia em termos de comunicação eram enormes, o que nos permitiu atuar mais rápido e de forma mais ágil, inovar.
Atualmente, usamos várias aplicações e sistemas, que nos permitem saber exatamente tudo o que se passa no terreno, check-ins com localização por GPS, relatórios e formulários feitos no local e sincronizados por 5G, fotos enviadas na hora e com uma qualidade impressionante, etc.
Os eventos virtuais, híbridos ou até mesmo toda a tecnologia de interação, comunicação e partilha em eventos presenciais, são exemplos do papel da tecnologia na forma como fazemos o que fazemos hoje. A IA é incontornável e vai potenciar uma nova evolução.

Neste tema não parece haver consenso. Uns defendem que a tecnologia é o caminho porque atrai e destaca, outros dizem que penaliza porque desumaniza as marcas. Qual é o caminho certo?
Se tivesse de escolher um lado, escolhia o dos que dizem que desumaniza as marcas. Mas a minha formação é na área da tecnologia e o meu percurso profissional, inicialmente, também esteve ligado à área tecnológica. Ou seja, essa experiência faz-me encarar todas estas inovações com bastante serenidade.
Não podemos viver alheios à tecnologia, ela é um enabler. As marcas têm de estar onde o consumidor está, e se a tecnologia faz parte… então é essencial, o que não significa que seja suficiente por si só.
Tem de haver um equilíbrio porque, apesar de todas estas evoluções e revoluções tecnológicas, o que liga as pessoas às marcas continua a ser algo muito primário: a relação emocional.
Se assim for, não tenho dúvidas que a tecnologia será adoptada, mas seremos sempre nós a decidir se a usamos, quando e como, de forma eficaz.

 

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