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E-shoppers querem entregas grátis, saber janela de entrega e pagamento digital

E-shoppers querem entregas grátis, saber janela de entrega e pagamento digital

Entrega grátis, conhecer a janela exata de menos de uma hora, informação sobre a entrega em tempo real, notificações via email ou SMS, conhecer a empresa que fará a entrega antes de comprar, possibilidade de alterar a entrega, pagamento por digital wallet (paypal…) e descrição detalhada do produto (tecido, funcionalidades…) estão entre os fatores mais importantes apontados pelos e-shoppers em Portugal, segundo um estudo feito pela Kantar TNS para o DPD Group (que detém os operadores Chronopost e Seur).

As compras online estão no bom caminho, ou seja, a crescer (0,7%), em Portugal, indicando o estudo que 9,4% das compras (apenas bens físicos) são já efetuados no digital, embora o nosso país continue abaixo da média europeia (11,5%).

 

Os dados mostram, igualmente, que são os Millennials os principais impulsionadores deste crescimento, já que 10,2% das compras são feitos pela chamada geração Y.

Entre os produtos mais comprados no universo digital, destaque para os artigos moda, eletrónica e calçado. De resto, os artigos de moda, com um crescimento de 5 pontos percentuais (p.p.) face a 2017, mostram uma penetração acima da média europeia (49% vs 47%), bem como a eletrónica (crescimento de 1 p.p.) com 39% (média europeia está nos 32%). O calçado, embora com uma penetração abaixo da média europeia (31% vs 39%), é outro item que revela um crescimento assinalável (+5 p.p.), indicando o estudo que a maioria das categorias tem potencial para desenvolver a quota nas compras online.

 

Outra categoria que está a crescer em penetração online é a de frescos e bebidas, consolidando-se nos 15% (+4 p.p. face a 2016), embora neste ponto o estudo mostre que as preferências ainda vão para os serviços de entrega de comida quente e fria pronta a comer, refeições prontas a confecionar ou congelados.

De forma geral, os e-shoppers portugueses estão satisfeitos com a sua experiência de compra online mais recente e vão continuar a comprar online, especialmente compradores frequentes. 85% dos e-shoppers consideram que efetuar a sua última compra online foi fácil e 65%, extremamente fácil.

 

Isto não invalida, contudo, que 35% dos e-shoppers referirem que podem deixar de comprar online pelo menos uma categoria de produtos (estável vs 2017), especialmente por preocupações em poupar dinheiro, artigos avariados ou assuntos relacionados com os pagamentos.

Compras cross-border a crescer
Em termos geográficos, os e-shoppers portugueses são compradores habituais de websites estrangeiros, com a percentagem de cross border a aumentar (+1,9 p.p.) para 27,6% (vs 19,1% média UE), com os Millennials (30,1%) a preferirem ir lá fora em vez de comprar cá dentro.

 

E-shoppers querem entregas grátis, saber janela de entrega e pagamento digital82% dos e-shoppers já compraram pelo menos uma vez num website estrangeiro, dividindo-se a escolha principalmente entre China (54%), Reino Unido (48%) e Espanha (40%), com a eletrónica (21%), moda (21%) e produtos de beleza e saúde (13%) a liderarem o ranking.

Isto coloca a questão do porquê comprar lá fora? E a resposta é fácil: Encontrar melhores negócios e oferta de produtos/marcas não disponíveis localmente continuam a ser os motores principais das compras no estrangeiro. Contudo, os custos/taxas adicionais após check-out e processos de entrega demasiado longos/difíceis são apontadas como razões mais fortes para deixar de comprar em websites estrangeiros ou para não começar a fazê-lo.

Quantos aos dispositivos utilizados para efetuar as compras online, o smartphone está, claramente, a ganhar terreno. O estudo da Kantar TNS elaborado para o DPD Group mostra que a utilização de smartphones está em desenvolvimento (+6 p.p. – 54%), enquanto o laptop ainda lidera, mas perde 5 p.p.. Entre aplicação (21%) e browser da Internet (27%) as opções dividem-se, com a maioria (51%) a indicar que utiliza as duas formas para comprar online, utilizando, em média, dois equipamentos para adquirir produtos no digital.

91% dos e-shoppers são fiéis, uma vez que compram sempre ou de forma regular nos mesmos websites, com os Millennials (28%) a serem os mais fiéis (vs 21% do total população).

Dinheiro virtual
No que diz respeito aos métodos utilizados para efetuar o pagamento, o digital wallet (Paypal, Alipay) continua a ser o método de pagamento preferido em Portugal quando se compra online, embora as apps de pagamento revelem um desenvolvimento assinalável, com ¼ dos Millennials e compradores Frequentes a utilizarem este método. Em decréscimo está o pagamento por Multibanco e cash-on-delivery, ou seja, pagamento contra entrega da mercadoria.

A morada pessoal continua a ser o local de entrega mais comum, mas os e-shoppers estão disponíveis para várias alternativas (loja do retalhista, loja de proximidade), mas, fundamentalmente, não querem pagar pela entrega, preferindo pagamentos digitais wallet (paypal, etc. ) e exigindo, cada vez mais, a descrição detalhada do produto (tecido, funcionalidades, entre outros).

Também conhecer a janela exata de uma hora e receber notificações via email ou SMS estão entre as preferências dos e-shoppers para impulsionar as vendas online.

Conhecer a empresa que fará a entrega antes de comprar (74% nos Compradores Frequentes), especialmente por pensarem ser reconfortante/tranquilizador saber quem fará a entrega da encomenda está entre os fatores considerados, indicando as conclusões do estudo que Facebook (86%), Youtube (75%) e Instagram (59%) estão entre as redes sociais mais utilizadas pelos e-shoppers.

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