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Dinamismo nas arcas frigoríficas

Dinamismo nas arcas frigoríficas
Falámos com dois players do mercado das arcas frigoríficas, uma das ferramentas mais importantes para o setor do retalho – que aposta cada vez mais em alimentos naturais e perecíveis. O mercado, em 2017, revelou-se dinâmico. Saiba porquê.

Em 2017, o mercado das arcas frigorificas apresentou um notório dinamismo. Isidro Lobo, diretor-geral da Jordão, empresa especializada em equipamento de frio, admitiu à DISTRIBUIÇÃO HOJE que, de resto, o crescimento das vendas tem sido consistente nos últimos anos. «Em 2017 aumentámos as vendas em 8%, consolidando o crescimento da Jordão e a liderança do setor».

Em termos de desafio neste competitivo mercado, Isidro Lobo destaca claramente duas orientações. Por um lado, o desafio tecnológico da sustentabilidade ambiental e da eficiência energética, materializada pelo cumprimento do Regulamento F-Gás da UE que visa minimizar o impacto dos equipamentos de refrigeração no aquecimento global. «Há uma necessidade de criar equipamentos inovadores mais eficientes, que reduzam a fatura da energia e que contribuam positivamente para um melhor ambiente poupando os recursos naturais», disse.

 

Customização é um desafio
O segundo desafio é o da customização, sendo que também o setor dos equipamentos profissionais é desafiado a apresentar soluções que respondem individualmente às necessidades de cada operador do mercado. «Na Jordão inovamos diariamente na apresentação de soluções de exposição e de conservação alimentar, muitas vezes em cocriação, que servem cada um dos nossos clientes com uma solução personalizada entregue num curto prazo de tempo».

Aliás, diz o executivo que, atualmente, há uma grande necessidade de as marcas melhorarem a experiência dos consumidores, desenvolvendo novas soluções e de inovar constantemente. «Na Jordão temos acompanhado e participado na grande mudança que tem ocorrido na grande distribuição, mas também no pequeno retalho e no canal HoReCa». Por um lado, continua o responsável, há lojas que reúnem cada vez mais categorias de produtos, desde restauração, corners de chocolates ou quiosques de sushi nos supermercados.  E, por outro lado, o aparecimento de conceitos muito segmentados, quase monoproduto. Ou seja, há que responder a todas estas distintas solicitações.

“Grande distribuição, retalho e restauração são os três grandes setores clientes destes equipamentos de frio.”
 

Grande distribuição, retalho e restauração são os três grandes setores clientes desta marca de equipamentos de frio. «A nossa gama permite uma resposta transversal ao mercado, com soluções específicas para os três setores. Há 36 anos que desenvolvemos um relacionamento próximo com os todos os agentes, insígnias, prescritores, distribuidores, instaladores, etc., o que nos tem permitido afirmar a marca Jordão Cooling Systems e o seu posicionamento. O mercado sabe que a Jordão tem sempre uma solução inovadora para a exposição e a conservação alimentar».

Eficiência energética é fulcral

 

A eficiência energética dos equipamentos de refrigeração é cada vez mais um argumento valorizado pelo mercado, quer pelos pequenos, quer pelos grandes operadores. Por isso, diz Isidro Lobo que a Jordão já oferece, neste momento, um conjunto de opções que permitem uma poupança efetiva do consumo energético dos seus equipamentos, superior a 55%. «Este ganho operacional significativo pode ser alcançado por via da colocação de portas frontais nos equipamentos, pela utilização de componentes mais eficientes (ventiladores, compressores, …), pelo desenho de um sistema termodinâmico mais eficiente, pela utilização de iluminação LED, que é standard em toda a gama». Basicamente, o executivo explica que são equipamentos e opções configuráveis às necessidades de cada cliente, que permitem alcançar resultados muito positivos na fatura de luz, garantindo o rápido retorno do investimento.
«Recentemente apresentámos em Milão, durante a Host 2017, a nova linha NEXT, linha de armários e de bancadas refrigerados para a conservação de alimentos, que obteve a Classificação ‘A’, a melhor numa escala de ‘A’ a ‘G’, conforme o regulamento da UE acerca e etiquetagem energética».

Fricon

 

Tal como a sua congénere, o setor no qual a Fricon atua tem sofrido uma crescente competitividade durante os últimos anos. Hercules Zurita, business development manager da Fricon admite que o crescimento económico global propiciou uma melhoria das condições financeiras das famílias. «Este não é a única, mas é uma razão muito importante para que as cadeias retalhistas planeiem o desenvolvimento e o incremento das suas redes, neste caso estamos a falar do mercado nacional». Em relação ao mercado internacional, Hercules Zurita diz que, dependendo da zona geográfica de referência, o mesmo acontece já que «estamos a falar das grandes cadeias instalados volta do mundo e este é um dado conhecido porque recebemos constantemente a informação sobre o alargamento da penetração das cadeias de retalho alimentar».

Resiliência ditou 2017

Se tivesse de descrever em uma palavra o que foi o ano de 2017 para a Fricon, Hercules Zurita escolheria “resiliência”. «Este foi um ano pejado de desafios e, no entanto, a Fricon saiu vencedora em várias frentes». Desde logo, pelos seus resultados operacionais, “ao melhor nível da última década, com um crescimento à volta dos 26%”. Mas, diz este responsável, não cresceram apenas em resultados, mas também como organização, como equipa, de forma muito sustentada, permitindo olhar para o futuro com confiança.

«Em 2018, a Fricon quer consolidar os resultados obtidos em 2017 e manter a rota de crescimento. Queremos consolidar a presença nos 110 mercados em que atuamos, reforçar as nossas parcerias estratégicas e implementar o plano de investimento que ronda os 3,2 milhões euros previstos para 2018-2020».

Um plano ambicioso, que Hercules Zurita admite visar a melhoria, otimização e automação de processos e também a evolução da Fricon enquanto organização e manutenção da empresa de referência no setor.

E, como em todos os outros setores, o grau de exigência dos clientes passa obrigatoriamente pela melhoria da eficiência energética e utilização de componentes mais ecológicos.

«A inovação tecnológica está nos alicerces da Fricon e a confiança das grandes marcas de distribuição tem permitido avanços como a utilização dos gases ecológicos, e em geral no processo de fabrico dos seus equipamentos indo ao encontro do cumprimento das regulamentações, tornando-nos amigos do ambiente».

O grande desafio que Hercules Zurita reconhece ao sector atualmente assenta fundamentalmente no desenvolvimento de soluções mais competitivas. «Ser competitivo no nosso setor é desenvolver soluções tecnicamente avançadas, com consumos energéticos cada vez mais reduzidos».

“Em 2017, aumentámos as vendas em 8%, consolidando o crescimento da Jordão e a liderança do setor”, refere Isidro Lobo, Jordão

A poupança de energia é já um  tema recorrente em todos os desenvolvimentos de novos equipamentos assim como, na melhoria no portfólio de produtos já existentes. «A poupança de energia no nosso setor não é um recente fator de escolha dos equipamentos. Hoje as insígnias, levam a análise energética e a otimização do layout do ponto de venda, a novos limites. Este fenómeno não está só e apenas associado à otimização da operação, mas dependente também da sensibilidade e crescente preocupação do consumidor com processos sustentáveis».

Com o segmento do retalho alimentar a aumentar consideravelmente, Hercules Zurita afiança que a grande distribuição e food retail tornaram-se na última década no core business da Fricon, “no qual somos reconhecidos internacionalmente como um importante player, pelo que mantemos uma estreita relação com estes setores”.

Com um portfólio alargado, a empresa possui soluções domésticas, comerciais e industriais. “Orgulhamo-nos de merecer a confiança de clientes como o grupo Jerónimo Martins, Sonae, Carrefour, Cencosud, Wal-Mart, Intermarché, Danone, Coca-Cola, Schincariol, Itaipava, Unicer, Heineken, Intermarché, Makro.

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