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Economia

Consumidores portugueses acreditam que o emprego vai crescer

Confiança dos consumidores portugueses cai para o valor mais baixo desde 2017

Os consumidores portugueses preveem que o crescimento económico continue a evoluir de forma moderada nos próximos meses, o que deverá ter impacto nas taxas de desemprego que têm vindo a descer continuamente. A conclusão é do mais recente estudo Clima do Consumidor da GfK, que indica ainda que depois do anunciado Brexit “a confiança do consumidor e, em especial, as expetativas económica desceram”.

“O clima do consumidor na UE28 decresceu 13,1 pontos em junho para 10,0 pontos em julho. Em setembro, recuperou para os 12,3 pontos. Em agosto, no entanto, os debates acerca do Brexit reduziram-se significativamente em toda a Europa. Prevaleceram outros temas específicos de cada país. Apenas será possível prever com certeza as implicações do Brexit sobre o ânimo dos consumidores europeus após o início efetivo das negociações e da aproximação da saída do Reino Unido”, indica o estudo.

Em termos económicos a Europa tem vindo a desenvolver-se “positivamente”, pelo menos de acordo com a GfK. “Quase todos os países indicaram crescimento económico e, em alguns casos, com taxas bastante positivas. Tal reflete-se também nos números do desemprego. Na maioria dos países, o emprego está a aumentar e as taxas de desemprego a decrescer.”

Portugal ainda luta para sair da crise

No mercado nacional, em particular, os consumidores preveem que o crescimento económico continue a crescer moderadamente nos próximos meses, ainda assim, acreditam que o ritmo poderá abrandar.

As expetativas económicas mantiveram-se a um bom nível em setembro, com 14,8 pontos, e as expetativas de rendimento subiram ligeiramente durante o terceiro trimestre, de 17,5 pontos em junho para 20,1 pontos em setembro. “Este desenvolvimento deve-se parcialmente à descida contínua das taxas de desemprego. Se mais pessoas estiverem novamente empregadas, os respetivos rendimentos irão aumentar automaticamente em resultado disso. Os consumidores portugueses parecem acreditar que os números do desemprego irão continuar a subir ligeiramente durante os meses de inverno”, refere o estudo.

Segundo a GfK, esta perspetiva já teve impacto na propensão para comprar. “Com -16,6 pontos em setembro, este indicador é muito inferior à média a longo prazo de 0 pontos e a maioria dos portugueses apenas tem dinheiro suficiente para comprar os produtos essenciais do dia-a-dia. No entanto, mantém-se a tendência de subida ligeira. O indicador subiu 4,9 pontos desde junho”, conclui.

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